Colírio pr@s amig@s de luta: Feminist Ryan Gosling



por Mazu


Ei, gata! Quando você fala, eu escuto a revolução (Aí sim, as mina pira...)

Eu vejo muito em programas de TV e nos blogs da vida os meninos desenvolvendo teorias do que dizer para as meninas, sendo que a maioria delas é bem horrível, algumas horríveis e absurdas e outras horríveis e engraçadas.

Para contrabalancear e deixar a companheirada feliz, resolvi trazer algumas fotinhas do Feminist Ryan Gosling, um tumblr, já mencionado no nosso blog pela , que tem como objetivo popularizar teorias feministas por flashcards que, na verdade, não tem nada a ver com o ator na vida real.
 
Ei, gata. Para mim, é difícil conceber a teoria de Beauvoir sobre a 
genialidade feminina perdida quando estou perto de você
Ei, gata! Vamos fazer uma análise retórica do seu quarto.

De qualquer forma, essa brincadeira com o Ryan Gosling e a busca frenética pela cantada perfeita traz algumas coisas à tona. A primeira é que o cortejo parece ser unicamente obrigação do macho, o que é uma bobagem, né? Socialmente imposta e uma super bobagem. Isso, às vezes, é massa para as meninas porque quando você toma a iniciativa, você já quase tem o elemento surpresa a seu favor. Outra coisa, será que existe mesmo receita do que dizer quando você está a fim de alguém? Esse negócio de negs, cartolas e enfim, será que rola mesmo tanta vantagem e tanto resultado? Estou me referindo aqui a livros como Mistery Method  e todos os similares. Na boa, as idéias chegam mesmo à misoginia. Eu queria ter estômago para esses livros, ia ser legal colocar uma crítica no blog, mas me dá uma tristeza profunda, quem sabe outra subvertida não tenta. Sob meu ponto de vista, esses livros com receitas mágicas servem para tirar dinheiro de gente só e de coração partido por aí, o que é super golpe baixo. Além disso, as ditas obras costumam, tristemente, tratar mulher como coisa, além de querer quantificar as conquistas, o que, de verdade, é patético, patético. Ou seja, disseminam um discurso machista e ensinam qualquer um com solidão ou coração partido a maltratar e odiar as mulheres.

Ei, gata. A fetichização pós-feminista da maternidade está profundamente 
enraizada no classismo, mas ainda acho que faríamos lindos bebês.
Ei, gata. Sim significa sim.
Falar com uma pessoa do sexo oposto sobre seus desejos não devia ser tão complicado. A dica que deixo pros amigos que querem "aprender" a falar com mulher é que não existe um tipo só de mulher. Existem várias personalidades que vão gostar de escutar isso ou aquilo, e mais um monte que vão dizer assim ou assado. Com sorte, a gente encontra quem gosta de ouvir / dizer o mesmo que a gente. Na prática, nem sempre é tão perfeito assim, mas nada justifica nenhum ato (verbal ou não) de violência ou desrespeito. Nem a solidão. Na boa, ficar sozinho numa sociedade como a nossa não devia ser um problema. 

Parece até que sexo é uma espécie de tesouro que as mulheres devem guardar e proteger, e que cabe aos caras conquistar. A Rô quando mencionou o abismo que separa os gêneros num post anterior estava coberta de razão, a gente está sempre querendo ganhar um do outro. Quando é bem mais massa um com outro e um no outro e por aí vai...

Nenhum comentário:

Postar um comentário