por Roberta Gregoli
Muita água já rolou desde a chamada primeira onda do feminismo, com as sufragistas reivindicando o direito ao voto na virada do século XIX para o XX. No entanto, ainda hoje as palavras 'feminismo' e 'feminista' vêm cheias de associações negativas. Em inglês, brinca-se que feminismo é "the F word", ou seja, um tabu tão grande, ou maior, que a palavra fuck.
Mas por quê?
Ridicularização, menosprezo e hostilidade são algumas das atitudes de resistência frente a qualquer movimento que ameaça privilégios e desestabiliza o status quo (vide ações afirmativas como cotas raciais e de gênero -- e não se esqueçam que comunistas comem criancinhas...). O que espanta é a persistência dessas associações negativas, que parecem não terem mudado muito desde a primeira vaga feminista, provando que ainda há muito trabalho a ser feito.
Reivindicando a palavra que começa com F: http://www.reclaimingthefword.net/ |
Mas por quê?
Ridicularização, menosprezo e hostilidade são algumas das atitudes de resistência frente a qualquer movimento que ameaça privilégios e desestabiliza o status quo (vide ações afirmativas como cotas raciais e de gênero -- e não se esqueçam que comunistas comem criancinhas...). O que espanta é a persistência dessas associações negativas, que parecem não terem mudado muito desde a primeira vaga feminista, provando que ainda há muito trabalho a ser feito.
Quando discuto assuntos de gênero, é comum que me digam "mas essa é uma visão feminista", num tom negativo. Respondo que é um ponto de vista feminista, sim, e qual o problema?
Por que teríamos hesitação em nos afirmarmos feministas? Violência doméstica (a cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas violentamente no Brasil), estupro (banalizado em rede nacional), os chamados "crimes de honra" e outras formas horríveis de agressão ainda acontecem diariamente. Por que hesitar em defender a igualdade e o final da opressão de gênero?
Por que teríamos hesitação em nos afirmarmos feministas? Violência doméstica (a cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas violentamente no Brasil), estupro (banalizado em rede nacional), os chamados "crimes de honra" e outras formas horríveis de agressão ainda acontecem diariamente. Por que hesitar em defender a igualdade e o final da opressão de gênero?
A diva Margaret Cho |
Orgulho feminista
Como a parada do orgulho gay demonstra, é preciso afirmar positivamente identidades oprimidas pelo senso comum preconceituoso.
Algumas iniciativas são a marcha das vadias, diversos projetos fotográficos chamados "This is what a feminist looks like" ("é assim que uma feminista se parece") e o delicioso e bem-humorado Feminist Ryan Gosling, que usa imagens do ator com frases que popularizam teorias e conceitos feministas.
Ei, garota. Gênero é um constructo social, mas todo mundo curte um chamego |
7 de maio de 2012
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