Sexismo de cada dia

por Roberta Gregoli

É uma satisfação anunciar que hoje o Subvertidas faz 7 meses! 

Foram 106 postagens e mais de 34 mil visitas de diversos países do mundo. Parabéns às nossas excelentes colaboradoras e um obrigada enorme a todxs que nos acompanham e compartilham nossas postagens.
As Subvertidas ganhando o mundo:
mapa de origem dos visitantes do blog
Para celebrar nosso aniversário, vamos inaugurar uma nova seção no blog, o Sexismo de cada dia. Inspirado no projeto The Everyday Sexism, uma iniciativa bem-sucedida e interessantíssima que gerou até ameaças de morte à autora. A ideia é compartilhar instâncias de sexismo e machismo vividas no dia-a-dia. Relatos de sexismo associado a outros preconceitos, como homofobia e racismo, são particularmente bem-vindos.

Projetos parecidos existem já em português, como o Cantada de rua - conte o seu caso - que, na minha opinião, deveria se chamar assédio de rua. Essas iniciativas são importantes porque combatem um dos pilares fundamentais para a perpetuação da opressão de gênero: a negação de que a opressão de gênero ainda exista. O famoso "feminismo é coisa do passado", "machismo não existe mais", "feminista quer achar pelo em ovo" e diversas variações dessas frases.

A iniciativa vai em linha com a concepção de blog coletivo, que tem como proposta dar espaço a uma pluralidade de vozes, refletindo a pluralidade do feminismo e da própria experiência das mulheres, que muitas vezes são mal representadas por noções essencializadoras como "a alma feminina", "a sexualidade feminina", etc. Não escondemos que nós, as colaboradoras, temos muito em comum, incluindo classe e etnia, por isso também aproveitamos a oportunidade para convidarmos novas colaboradoras a fazer parte da equipe.

Para participar do "Sexismo de cada dia", envie sua contribuição (de qualquer tamanho) para subvertemos@gmail.com. Indique também no email como quer ser identificadx (pelo primeiro nome, nome completo, apelido ou de maneira anônima). Vamos montar uma fila de contribuições e vamos publicando aos poucos, nos intervalos das postagens das colaboradoras.

Para o pontapé inicial, começo eu:

Abordei dois professores brasileiros, ambos homens trabalhando em universidades de prestígio no Brasil e de renome internacional na área, para ver se se interessavam no meu projeto de pesquisa de doutorado (representações de gênero no cinema brasileiro). Ambos disseram que o corpus de filmes que eu tinha escolhido era interessante, mas que eu devia descartar a parte de gênero. Porque não era assim tão "interessante". Ignorei os dois, claro, e passei em Oxford com o projeto original.

Aguardamos suas contribuições!

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